Wednesday, March 14, 2007

Cadê o tempo?


Nós, pelo menos eu, nunca paramos (parei) pra pensar como o tempo tá difícil hoje em dia. Eu já sabia que esse ano não seria como os outros, já que é terceiro colegial, ano de vestibular e tudo mais. Mas meu "diferente" está surpreendendo mais e mais a cada vez que paro pra pensar quando será a próxima coisa "importante" que farei. Falo isso porque, sem mais nem menos, eu tô trabalhando com meu pai, e pelo menos durante esse mês inteiro, chego em casa esgotado. Esgotado eu não consigo estudar, e se eu não estudar... Tire suas conclusões.

É uma tarefa mais-do-que árdua organizar o tempo que tenho, agora. Acordar, escola, trabalho, chega em casa, finge que consegue entrar no computador (porque na verdade, eu já estou dormindo a essa hora, no teclado), e vai dormir, agora de verdade. Sábados a rotina de acordar cedo continua, mas com duas aulas de japonês, e a tarde tentar fazer alguma coisa de lazer, assim como no domingo.

O tempo, agora, voou pela minha frente, como se eu nunca tivesse pensado nisso antes. Provas chegando, não posso decepcionar. Assim também como não posso decepcionar no trabalho, nem no curso, que me dispus a fazer com todas as boas intenções do mundo. E com essa mentalidade, esse ano, mais do que nunca, e mais verdadeira será essa frase do que todas as vezes que já falei ela antes, esse ano eu tenho que mudar, definitivamente. Já comentei, e comento de novo, que o sumiço agora, será quase o de um seqüestro.

Surpreendentemente, meu pessimismo não me deixará sair bem dessa. Eu tenho que chegar em casa, e mesmo esgotado do trabalho, sabendo que meu (ainda inexistente [quem sabe, acredite]) computador estará lá a me esperar, terei de estudar, e assim, estudar mais ainda, sabendo que quero entrar na faculdade, e ainda assim, estudar um pouco mais, para as outras matérias e para o curso de japonês, que quero seguir com seriedade. Se fui fazer, que eu faça direito. Nada de terminar no meio, desistir.

Da medo só de pensar nisso. Terei que me dedicar full-time aos estudos. Largar literalmente, e pelo menos teoricamente também, tudo o que gosto. É triste. Decepcionante. Decepcionante também é saber que, em um mesmo sábado, tenho duas provas, duas aulas e um campeonato de ioiô, o qual estou esperando há, em um chute, 6 meses. Meu pessimismo me deixará ter essa real força de seguir em frente? E tudo isso que falei, nunca pensei com tanto afinco e seriedade na minha vida.

Será mesmo que eu realmente vou conseguir?