Wednesday, April 11, 2007

E a religião...

Não comparecia a uma igreja há anos. Nem sequer entrava em uma. Até ontem. Eu num sou o cara mais religioso que existe. Eu acredito, tenho bastante fé de vez em quando, tenho que confessar. Acho que só levo isso mais a sério mesmo por causa da minha família, que em inteiro, é religiosa. Não alguns primos, mas os adultos, e idosos, mais responsáveis, com certeza. E tudo isso foi posto a prova ontem.

Como também nunca tinha acontecido de alguém próximo a mim morrer, a missa que se sucede do acontecimento (missa do sétimo, trigésimo dia ou aniversário da pessoa) era novidade. E ao entrar na igreja, mesmo tendo feito primeira comunhão e todo esse ritual católico, eu parecia um leigo no assunto! Parecia não, pareço e SOU um leigo no assunto! Ao entrar, o que eu faço? Sinal da cruz? Ok, ok... Fui lá, e tudo pronto. Pego o folhetinho que a gentil moça da porta estava distribuindo. Distribuindo não, já que era só pra quem estava presente para a missa.

Só não digo que não sabia o que o folhetinho era, porque eu realmente sabia o que que no dito cujo dizia. O que é bom, porque é um guia das orações que irão decorrer na missa. Enfim, alguma coisa para eu me apoiar e não me foder literalmente durante a cerimônia. Mas mesmo me comportando, fazendo algumas perguntas, que chegam a ser imbecis, para minha mãe, e tendo respeito com o Senhor, acho que fiz metade das coisas que eu não podia fazer dentro de uma igreja.

Só de conversar com meu amigo (irmão da falecida), já quebrei umas vinte-uma regras (?) do respeito com a igreja. A quantidade de palavras de baixo calão ali soltadas por mim, e rebatidas por ele era tanta, que até parei de falar um pouco depois, pra num receber um soco na cara do meu pai. Sem contar fazer um barulho bem chatinho com o tênis ao andar, e balançar a perna, naquele ritmo de tiques nervosos.

Realmente, me senti um completo estranho. Eu deveria pelo menos saber me comportar na dita casa do Senhor. E não que eu não respeite-O, já que aqui mesmo nesse texto, nesse estilo de conversar com Você, já provo que sou um fiel. Mas as vezes eu realmente faço algumas coisas que vão contra a ideologia católica, mas completamente a favor da minha ideologia de vida, o que penso que é mais importante. Assim como alguns conceitos que a igreja preza contra (por exemplo: aborto e uso de camisinha). Ou não é? Religião acima de tudo, ou viver em paz consigo mesmo? Aí já fica pra um outro texto...