Monday, September 03, 2007

A realidade

Ano de vestibular. Acho que isso ficou BEM evidente pela falta de atualização do blog, por uma ausência da internet... Ausência, diga-se, comparando com o que eu costumava entrar, pois acho que ausêcia total desse mundo paralelo é praticamente impossível para um nerd na minha faixa de idade, gostando das coisas que gosto, e fazendo tudo o que faço. Mas eu tento, eu tento. Tento estudar também, o que, por mais evidente que seja eu estudar (pois estou fora da internet, afinal), nunca é tão simples assim. O buraco é sempre, sempre mesmo, mas embaixo. E, por mais real que seja essa frase, eu a odeio.

Essa seria a explicação correta para alguém que estivesse na mesma situação que eu: "Não... Eu não estou entrando na internet porque, você sabe né? Ano de vestibular, eu tenho que me dedicar aos estudos, pois tenho que passar em uma faculdade, pois não quero entrar no cursinho ano que vem, pois blá-blá-blá...". E sim, é essa mesmo a explicação. Ela já está tão decorada na minha cabeça que só aguentei redigí-la aqui com muito esforço, "e olhe lá"... Mas, como diz a introdução E o título, a realidade, velha inimiga, não é a mesma. Eu deveria estar me esforçando ao máximo, mas sempre chegamos a um ponto que não aguentamos mais, e meu ponto chegou.

Cheguei a pensar que meu ano estava bom. Ledo engano de uma pífea pessoa nesse mundão todo. Como pude pensar isso? Só porque depois de tanto sofrer no primeiro semestre de 2007, o começo do segundo começou bom, com ótimas notícias? Só por causa disso...? Éééé-ré-ré amigô... Alegria de pobre dura pouco. Leve o pobre, você leitor, como quiser, para o lado que quiser, como bem entender. O que digo agora, pelo menos no meu caso, seria um pobre de espírito. pobre de fé, talvez confiança. Talvez, até aqui, o texto esteja meio abstrato e muito mal planejado, mas espero esclarecer isso logo.

Eu não estou estudando. Não estou estudando assim... Como deveria. Depois de assumir um erro que me perseguiu a vida inteira, o que é bem radical para um imbecil cabeça-dura como o que vos escreve, tudo cai. Principalmente o mundo. Meu mundo, que construi na maior vontade. Cai com uma intensidade que, em meio a destroços e poeira intensa, acabo não me achando nesse próprio mundo que subi com muito esforço. A confiança cai, teu rumo é tirado, seu ponto de equilíbrio é quebrado. Seus objetivos passam a ser menos ambiciosos, como um vestibular, e passam a ser coisas mais, após tantos anos de colégio, "diárias", como apenas passar em mais uma série. Os planos diminuem e seus sonhos desmoronam.

Mas como assim me deixei levar diante de algumas coisas que parecem relativamente pequenas? Como pude ser ingênuo a ponto de deixar coisas ruins se acumularem e, pela intensidade, tomarem conta das poucas boas que ainda fazem parte da minha inútil presença? Não sei. Simples assim. Não faço a menor idéia de como deixei isso acontecer. Uma famosa "bola de neve" de problemas, literalmente. Quando pensei que minha segunda metade do ano tinha virado a cara e sorrido para mim, estava muito cego pelo brilho de seus dentes. O fato, na verdade, é que ela estava rindo da minha cara. Vendo eu me foder... A realidade é uma vadia. Ou um muro bem duro.

O que era tão distante do que cheguei a até planejar, agora é constante na minha mente, junto com outros pensamentos NADA agradáveis, é um pensamento de desistência. Realmente as vezes dá vontade de falar um "Tabóm! Vai tomar no cu, mundo de merda! Sifudê, viu?!", jogar tudo pro alto que que se foda. E ainda torço para que tudo caia na minha cabeça e me MATE logo em seguida. Poupa-me de outros sofrimentos ou pensamentos...

Preciso de alguém...