Monday, April 30, 2007

Montanha russa

Ok. Imagine uma montanha russa de emoções e sentimentos. Parece uma metáfora bem ruim, uma coisa bem de emo, e parece que você ouviu isso em uma novela mexicana. Mas vamos olhar isso por um outro lado, sem preconceitos. Por favor. Imagine também uma montanha russa MUITO grande, e cheia de sobe desce. Loopings a gosto. Sobes e desces são os trajetos que importam no momento. Sem tamanhos, isso vocês definirão ao decorrer do que relatarei aqui. E um detalhe: essa montanha russa está andando.

Agora separe tudo como separamos normalmente, mesmo sem querer e não intencionalmente: três partes: terra, céu e inferno, e defina também o óbvio: céu está tudo ótimo, pseudo-perfeito, na terra está normal, mas poderia estar melhor (sempre pode estar melhor), e no inferno, enfim, estamos num fosso sem fundo, e coisas ruim vêm como piscadas, sem um tempo definido, nem duração.

Sei que não sou o único. Mas trataremos isso do meu ponto de vista, tendo em vista que minha pessoa que está escrevendo o texto, e que eu criei toda a imagem, que o blog é meu, e que todos os fatos aqui descritos estão acontecendo na minha vida, não na de vocês não-leitores.

É tanta coisa, tanta merda, e por incrível que pareça, alguma coisas que me fazem bem junto. Tudo junto. É uma velocidade bem alta, e numa freqüência de sobe-desce tão grande que você tem vontade de tirar o sinto de segurança e pular, não sabendo onde que você pode parar. Só que você sempre sabe que tudo depende de você, e que alguma coisa, que você não sabe, te dá uma auto-confiança, mesmo que nos momentos mais normais de sua vida você se ache a pessoa mais patética da face do nosso já-em-pedaços planeta.

E você continua ali, com seu coração na boca, o cú na mão, e aguentando tudo como um digno homem: ciente de suas responsabilidades (pessoais e familiares, sem contar o que os outros te deixam na mão, e as que você arranja nas entrelinhas dos trilhos da montanha russa), e sabendo que está tudo na sua frente, é só você o certo. Como já diria o professor de filosofia de um grande amigo (e pessoalmente, isso nunca saiu da minha cabeça nas horas que eu estou mais em dúvida): "Faça o que você acha certo. Sempre o que você acha certo, é que é, de fato, o certo a se fazer.". Ou alguma coisa parecida. Vou começar a tomar Omega-3.

Começando a fazer o que eu acho certo. É difícil pensar. Eu faço o que eu gosto, não o que acho certo. Mas você não vê o horizonte, e aquele calafrio toma conta do seu corpo, enquanto você sente de leve, e bem rápido, sentimento de descida. E é aí que encontra todas as responsabilidades de estudar, enfrentar seus problemas pessoais com mulheres e outras coisas, enfrentar que é ano de vestibular e você só se afunda em notas vermelhas...

Alguns acontecimentos tem o poder de levantá-lo dos piores lugares, das piores situações. Acontecimentos que te dão força. Força antes nunca nem imaginava, nem mesmo você, ter. Isso te levanta de um jeito inexplicável, que até mesmo pensando em todos os problemas, você continua feliz, e até tem um "up" no ego a mais, o que deixa a solução dos problemas mais fácil. Você enxerga aqueles problemas de outra maneira, começa a ver as possíveis soluções para eles, e continua feliz. Esquece dos mais simples, se preocupa com os que requerem maior atenção, e a subida parece, e é, maior do que você imagina. "Quando é a próxima descida?" - você pensa. Está tudo muito bom, já começa a suspeitar.

Mas agora é esperar, enfrentar os problemas, e aproveitar o que pode ser. Os momentos bons, principalmente. O passeio não vai acabar tão cedo, tenham certeza.

Obs.: Desculpem-me pelo texto... Hmmm... "Grandinho".