Thursday, May 24, 2007

Respectivas funções

Nada, NADA, estaria certo no mundo se não completassemos nossas funções com sucesso. Todos temos nossas respectivas funções, das mais variadas, qualquer que sejam as ditas. Se você é um vagabundo nato, exerce a função com maestria e louvor (nada pessoal). Caso seja um advogado e tenha seu escritório, não saberei se esta cumprindo a mesma, pois não preciso de advogados no momento. Mas por agora veremos que você esteja sim, exercendo certo e bonitinho o que falamos.

Tudo move em constante sincronia, independente das batidas fora de ritmo que vez ou outra acontecem. Roubos, assaltos, seqüestros. Até uma guerra tá rolando no continente aqui do lado, mas é plausível pensar que tudo está se movendo como devia. Roubos acontecem pela inútil função dos batedores, e guerras acontecem pela inútil função de presidentes retardados, e, caso eles não fossem assim, e não estivessem fluindo com o tempo em seu lugar, seria até estranho.

Assim como os lixos de reciclar estão lá pra por um jeito e organizar o lixo, os pais estão na terra para enxer o saco dos filhos. E vice-versa. Pais não seriam pais se não enxessem o saquinho dos filhos. Filhos não seriam os mesmos se fossem sempre tão amorosos com os pais. E adolescentes (chatos) não chegariam nem perto de serem eles se não fossem rebeldes com o mundo, que é, querendo ou não, o que pessoas da minha idade fazem, e as vezes até procuram um refúgio. Um blog, por exemplo.

Já é conhecido que nossas cabeças são meio: lesadas, estragadas, fechadas, sombrias, escuras, com espetos, sem parafusos... Mas porque as pessoas continuam a nos enxer o saco? Só nós nos entendemos, e nem todos se entendem direito, diga-se de passagem. Porque ainda nos tentam entender, fazendo diálogos superficiais? Se não nos entendem, aceitem nossas curtas e grossas resposta como: "Sim", "Não", "Vai te catar..."... Nós sabemos o que fazemos. Pelo principal motivo de não nos apegarmos a ninguém, e querermos fazer tudo sozinhos.

Deixe-nos. Pare-me de enxer o saco e fazer repetidas perguntas. "Já fez a inscrição do ENEM?", "Vai estudar!", "Ficou de recuperação e ainda acha que tá bem pra fica no computador?"... Ok, afirmações também valem. Sem contar expressões e mostram como sua existência parece ser agradável, e também demonstram total fidelidade e credibilidade de sua pessoa: "Você não vai passar na faculdade esse ano. Nem em particular você passa", "Videogames? Daqui a um ano você já vai esquecer isso e vai querer outra coisa" (isso a 5 anos atrás. Nota mental: Toma! Eu ainda não esqueci.). "Nem vou falar pra você ir estudar, de novo...". Não fale então. Paradoxo maldito.

Já tenho idade pra ter opinião própria. E afirmar o mesmo. Além de provar isso, claro. A mesma idade não me permite dizer que posso me virar sozinho. Porém já sei o que é o certo pra mim, e o que é errado a todos os outros. Também já penso pra falar, não deixo meus irônicos pensamentos tomarem conta de mim, como faziam antes. E também sei o que estou fazendo quando respondo mal-educadamente. Sei quando necessitar de um laboratório de redação, também.

Em outras palavras: estou exercendo minha função de adolescente (querendo ou não, chato). A paciência está no limite e o saco já esta cheio. Pare.

Obs.: E me ajudem a não entrar nessa merda de laboratório de redação e comecem a comentar, pelo menos esse ano de vestibular. E me ajude a exercer a sonhada função de jornalista que quero na sociedade, ok? Primeiro e provavelmente uma das poucas que apelarei. POR FAVOR!